Curador e crítico de artes brasileiro Paulo Reis falece em Lisboa



Desde 2005, Paulo Reis residia em Lisboa, onde criou o Carpe Diem – Arte e Pesquisa, instituição vocacionada para a produção e realização de exposições e fórum artístico internacional, instalada no Palácio do Marquês de Pombal, na Rua do Século.
O curador foi co-fundador e co-diretor da revista Dardo, com David Barro, promovendo uma série de iniciativas relacionadas com a triangulação Brasil-Portugal-Espanha.
Com formação em Comunicação Social e História de Arte, era professor de teorias de arte e de estética em várias universidades.
Nos últimos anos, tinha uma atividade intensa de curadoria internacional, tendo sido responsável por muitas exposições em diversos países da Europa e da América Latina.
Paulo Reis veio a Portugal pela primeira vez em 1998, para participar num colóquio sobre as artes na América do Sul.
Em 2000, foi curador, com Ruth Rosengarten, da exposição “Um oceano Inteiro para Nadar”, com trabalhos de artistas portugueses e brasileiros, na Culturgest.
Esta exposição, sublinha António Pinto Ribeiro, que então dirigia a Culturgest, “foi histórica pelo ineditismo e pelo impacto que teve nas relações culturais e artísticas entre o Brasil e Portugal”.
Desde que, em 2005, se instalou em Lisboa, Paulo Reis tornou-se um “verdadeiro embaixador cultural entre os artistas e os curadores dos dois países e a sua afeição levou-o a passar longas temporadas em Portugal”, acrescentou Pinto Ribeiro, para quem o curador era “uma pessoa de uma invulgar generosidade e de uma atenção e cuidado particulares para com os artistas, de cujas causas era um militante inconformado”.
A última grande exposição sob sua responsabilidade foi a “Paralela 2010”, em São Paulo, no ano passado.
Professor, curador e crítico de artes plásticas, Paulo Reis morreu no fim da tarde de sábado, no Hospital Egas Moniz, em Lisboa.

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